terça-feira, 30 de outubro de 2012

Valério pede proteção e delação premiada

 

ESTADÃO

Mensalao

 

Empresário mineiro encaminhou solicitações ao Supremo em setembro

30 de outubro de 2012 | 5h 00

O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - O empresário Marcos Valério, operador do mensalão, encaminhou em setembro para o Supremo Tribunal Federal um pedido de proteção, pois sua vida estaria correndo perigo, e ofereceu em troca delação premiada. O documento é mantido em sigilo e não foi anexado ao processo do mensalão, que já está em julgamento.

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Valério foi condenado pelo STF e suas penas superam 40 anos - Beto Barata/Estadão - 27/10/2005

Beto Barata/Estadão - 27/10/2005

Valério foi condenado pelo STF e suas penas superam 40 anos

Um processo em separado foi aberto, mas é mantido em segredo por causa do risco relatado por Marcos Valério de ser assassinado. A petição será relatada pelo ministro Joaquim Barbosa, pois o processo do mensalão está sob seus cuidados. Mas ele deixará a relatoria desse caso assim que assumir a presidência da Corte.

O fax - revelado pela revista Veja - foi recebido pelo presidente do tribunal, ministro Carlos Ayres Britto. Ele foi logo encaminhado para o gabinete do ministro Joaquim Barbosa e, em seguida, para o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Seu teor é mantido em reserva. O processo não aparece nem sequer no andamento dos processos em tramitação no Supremo. Segundo integrantes do tribunal, o risco alegado por Valério seria a razão para a cautela. O tribunal não divulga nem o que estaria sob investigação. Conforme integrantes do STF, o documento não interfere no julgamento do mensalão, que já está na reta final. Não haveria, portanto, nenhum elemento novo, nenhuma prova nova que pudesse alterar o resultado do julgamento. O advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, não quis falar sobre o assunto. "Sobre isso assumi o compromisso com diversas pessoas de não declarar nada, não falar nada."

Valério foi condenado pelo STF pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro, peculato, formação de quadrilha e evasão de divisas, cujas penas já superam os 40 anos. A sentença o obrigará a cumprir parte da punição em regime fechado. O empresário foi acusado de ser o principal articulador do esquema e seria, conforme o Ministério Público, agente do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Se urna em SP é tribunal, então mensaleiros foram condenados de novo por 60,7% dos eleitorado; afinal, Haddad, o do teleprompter, foi eleito por apenas 39,3%

 

REINALDO AZEVEDO

29/10/2012 às 7:19

O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), veio mesmo para inovar. Não fez o tradicional discurso da vitória. Ele o leu num teleprompter. Um político de qualquer outro partido que assim procedesse seria alvo de ironia da imprensa vigilante e isenta. Não com o petista. Considera-se um sinal de profissionalização da campanha — afinal, o que importa é conteúdo… O professor universitário, mestre em direito, doutor em filosofia, não pode correr o risco de falar cinco minutos por sua conta e risco. É prudente! Na última vez em que pensou de improviso, considerou que um facínora que mata depois de ler livros e moralmente superior ao que mata sem lê-los. Teremos, enfim, um pensador na Prefeitura de São Paulo.

Ontem, o PT se manifestou de várias maneiras. Houve o discurso supostamente inclusivo e “moderno” de Haddad (está na home; leiam ali); houve a fala da vendeta de Marta Suplicy, que resolveu, acreditem!, criminalizar o tucano José Serra. Ela o acusou de “traiçoeiro”. Entendo! Onde já se viu vencê-la nas urnas em 2004? Isso não se faz! E houve a tropa fascista de José Genoino (ver post a respeito), que foi devolvido pela condenação sofrida no Supremo à sua real natureza. Agora dá para entender que tipo de sociedade este herói tinha na cabeça quando aderiu à guerrilha do Araguaia.

Tudo isso é PT: aquele que faz discurso “thutchuca”, lido no teleprompter, e o que saúda a suposta destruição de um adversário, como fez Marta; o que diz que vai atuar para diminuir a desigualdade e o que joga no chão uma senhora de 82 anos em sua fúria fascistoide.

Vamos ver quantas horas vai demorar para o partido divulgar uma nota oficial em que proclamará, ainda que por vias tortas, a absolvição dos mensaleiros, que teria sido dada pelo resultado nas urnas em São Paulo. Trata-se, obviamente, de uma falácia. Dos números ao mérito. O petista obteve na cidade 3.387.720 votos no segundo turno, para um eleitorado de 8.619.170 pessoas. É o legítimo prefeito eleito de São Paulo, dentro das regras do jogo, mas foi votado por apenas 39,3% dos que têm direito de participar do pleito. Isso significa que 60,7% dos eleitores paulistanos não votaram no candidato petista.

Se o PT pretenda que urna é tribunal, então é o caso de a gente pedir vênia, antes de dar uma botinada no traseiro teórico dos vigaristas, e lembrar que, fosse assim, os mensaleiros teriam sido condenados por uma ampla maioria: 60,7% a 39,3%. Aplicada a proporção a um grupo de 11 (número de ministros do), tem-se uma nova condenação 7 a 4…

Além da cascata mensaleira, também assistiremos ao triunfalismo, como se o partido houvesse logrado, realmente, uma vitória acachapante. Isso é falso! O PT venceu em São Paulo, sim, nas condições acima especificadas; teve um crescimento no número de municípios que vai administrar — de 550 para 634 —, mas cresceu em cidades pequenas e murchou em cidades médias. Tanto é assim que esse aumento de Prefeituras se deu com uma expansão de apenas 4% dos votos no primeiro turno. Hoje, administra seis capitais; ficará com quatro: além de São Paulo (sim, a joia da Coroa), conquistou as prefeituras de Rio Branco, João Pessoa e Goiânia. É bom lembrar que tinha candidatos  cabeças de chapa em 17 capitais.

Quem acompanhou ontem o noticiário da TV e confiou em certos comentários ficou com a impressão de que o partido havia promovido uma verdadeira razia eleitoral Brasil afora, não deixando nem migalhas para os adversários ou aliados de ocasião. Isso é falso como nota de R$ 3.

Finalmente
Finalmente, não sei onde certo jornalismo andou estudando lógica. Talvez o professor seja o mesmo que deu aula de probabilidade para a turma que fez o kit gay de Haddad. Sustentar que o mensalão “não teve peso nenhum” na eleição é uma dessas bobagens que transformam o depois na causa do que veio antes.

Para saber se teve ou não, seria preciso realizar essa mesma eleição sem o tema “mensalão” em pauta. Quem pode assegurar que o resultado nas 13 capitais em que o PT não obteve êxito não seria outro? Quem pode assegurar que o partido não teria tido um desempenho melhor Brasil afora? O PT se organizou para fazer 800 prefeituras. Ficou bem abaixo disso.

De toda sorte, essa é e sempre foi uma pauta mais do PT do que da própria oposição. Foi o partido que se organizou para impedir que o julgamento se realizasse neste ano, justamente com medo das urnas, e que chegou a acusar uma tentativa de golpe…

Tirem a conquista da Prefeitura de São Paulo da conta para ver se a vitória é assim tão maiúscula. Os petistas sabem que podem enganar certo jornalismo, mas que não podem enganar a si mesmos. “Mas São Paulo está na conta, Reinaldo!” Eu sei! Basta, no entanto, atentar para as circunstâncias específicas, muito particulares, que deram a vitória ao partido na capital paulista para perceber que há menos aposta no PT do que expressão de certo desencanto.  Falaremos muito a respeito

A minha disposição de confrontar a metafísica influente e os juízos bucéfalos é imensa. Meu blog terá mais de 4 milhões de acessos neste mês também por isso. O coro dos contentes combina a música e o tom, e eu vou lá e desafino. Com muito gosto, com muito prazer!

Texto publicado originalmente às 4h41

Por Reinaldo Azevedo

Um dos homens que socou Oscar Filho, do CQC, e que integrava a tropa fascistoide de Genoino, que até derrubou velhinha, é membro da… Comissão de Ética do PT

 

REINALDO AZEVEDO

29/10/2012 às 7:17

De todos os relatos sobre o comportamento dos bate-paus fascistoides que acompanharam José Genoino à urna, dando porrada, empurrado e botando literalmente pra quebrar, o melhor é o de Márcia Abos e Tatiana Farah, no Globo. Leio que houve até cárcere privado. Muito bem! Sabem o que é mais espantoso? Um dos que socaram o humorista Oscar Filho, do CQC, é o advogado petista Danilo Camargo. Ele pertence, imaginem vocês, à Comissão de Ética do PT paulista e já foi coordenador da Comissão Nacional. Foi tesoureiro de várias campanhas eleitorais do partido em São Paulo e é homem de Genoino.

Em 2005, quando um assessor do deputado José Nobre (PT) — irmão do agora mensaleiro condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha — foi preso com a cueca recheada de dólares, a reunião para decidir “o que fazer” foi realizada no flat de Danilo. Entendi. O homem da “ética” do PT sai no braço. Imaginem os que não se sentem especialmente obrigados a ser éticos… Leiam texto de O Globo. Volto depois.
*
Cercado por aproximadamente 50 militantes do PT, o ex-deputado José Genoino votou neste domingo na cidade de São Paulo em meio a um tumulto que terminou em pancadaria e cenas de vandalismo. Os petistas, que xingavam e batiam em jornalistas, além de derrubar eleitores que estavam no local, avançaram pelos corredores da universidade empurrando cadeiras, chutando lixeiras e quebrando vidros de um dos murais da entidade. Usando bengala, a aposentada Jose Bacarácia, 82 anos, foi derrubada no chão durante a passagem da militância petista.

Genoino carregava uma bandeira do Brasil, vestindo-a como uma capa e usando-a em algumas ocasiões para esconder o rosto e evitar ser fotografado. No tumulto, apenas seguiu em direção à seção de votação. Depois de votar, caminhou agitando o braço esquerdo com o punho cerrado, sempre rodeado pelos militantes, que impediram a aproximação ou perguntas dos jornalistas.

O humorista Oscar Filho, do CQC foi agredido repetidas vezes pelos petistas. Ele recebeu socos e foi jogado para dentro de uma das salas de votação. Com machucados na boca e pressão alta, o comediante foi atendido na enfermaria do colégio eleitoral e disse que registraria um Boletim de Ocorrência.

Um dos envolvidos na pancadaria foi o advogado Danilo Camargo, da Comissão de Ética do PT paulista e um dos petistas mais ligados a Genoino. Apesar de ter sido visto agredindo Oscar Filho antes de José Genoino votar, Camargo disse que se atracou com o repórter do CQC depois, ao deixar o colégio eleitoral, porque foi provocado. “Estava com minha mulher, tentando sair com meu carro. Ele estava bloqueando a passagem e disse ‘passa por cima, mensaleiro’. Isso não é jornalismo! Passa por cima, mensaleiro?”, falou o petista, que disse ter empurrado o jornalista.

Danilo disse que participou da votação de Genoino porque é delegado do partido e tem autorização para entrar nas áreas de votação. Mas o advogado admitiu que o grupo perdeu o controle: “Era uma massa de gente. Foi uma loucura. Estava difícil controlar”. Enquanto aguardavam a chegada de Genoino, militantes do PT e do PSDB trocaram ofensas. A polícia foi chamada para apartar a briga, que envolvia cerca de 20 pessoas. Ninguém foi detido. Enquanto os tucanos gritavam “partido dos bandidos” e “malufistas”, os petistas repetiam: “burguesada reacionária, vocês vão ter que nos engolir”.

Encerro
Entendi! Um “delegado” do partido, com direito a ter acesso ao local de votação, se comporta dessa maneira lhana e cordata. Quando se é membro de uma comissão de ética e se ouve um insulto, o óbvio, claro!, é quebrar o nariz de quem se coloca na frente e sair por aí derrubando velhinhas.

No PT, todo mundo faz discurso “tchutchuco”, como o de Haddad. Desde que a brasileirada não abuse, né? Ou vem pancadaria.

Aposta
É bem provável — faz parte do show — que a turma de Haddad procure o CQC para desfazer mal-entendidos, desculpar-se etc e tal. Muito gente até se comove com esse ato de humildade…

Pois é… Só pode se desculpar pelos socos e pontapés deferidos quem desfere socos e pontapés, não é mesmo? É o aspecto mais encantador no comportamento dos brutos. Se eles não se comportam como alimárias, como exercer depois o charme do arrependimento?

Texto publicado originalmente às 5h10

Por Reinaldo Azevedo

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Direito de resposta concedido pela Justica Eleitoral ao senador Magno Malta

 

 

A GAZETA

24/10/2012 - 00h00 - Atualizado em 24/10/2012 – 18h05

Magno confirma que Luiz Paulo pediu apoio

O encontro teria ocorrido há cerca de três meses, conforme corrigiu depois a assessoria de Magno

Eduardo Fachetti
efachetti@redegazeta.com.br

O candidato Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) esteve no gabinete do senador Magno Malta (PR) lhe propondo uma aliança e tecendo elogios. Pelo menos essa é a versão do republicano, que ontem disse estar assustado com as críticas agora feitas pelo tucano, que disputa a Prefeitura de Vitória.

"Há cerca de 30 dias, apareceram aqui no meu gabinete o senhor Luiz Paulo e o deputado federal César Colnago (PSDB). Naquele dia ele me tratou como líder valoroso, como político respeitável. Disse que sou um bom senador, me reconheceu. Nos abraçamos, nos beijamos. Não entendo esse comportamento agora", frisou Magno.

O encontro teria ocorrido há cerca de três meses, conforme corrigiu depois a assessoria de Magno. Procurado, Colnago admitiu a ocorrência da reunião, mas negou que tenha pedido apoio ou ajuda em dinheiro para a campanha tucana, conforme acusa o adversário do PPS.

"Não pedimos dinheiro. Isso é uma mentira inventada por Luciano Rezende. E também não pedimos apoio de Magno, e sim do deputado José Esmeraldo (PR), que é um político tradicional de Vitória", disse Colnago.

Pregação
Magno negou que tenha feito pregações em igrejas com acusações a Luiz Paulo. "Passei a vida cuidando de drogados. Não vou à igreja do pastor João Brito (em Jardim da Penha) há mais de quatro anos. Essa atitude surtada de Luiz Paulo, que agora me acusa, me assusta", diz o republicano.

Segundo Magno, a opção de coligar com Luciano Rezende (PPS) se deu pelas indicações que o PR recebeu do candidato. "Nunca tive intimidade com ele. Conheci Luciano pelas mãos do deputado Gilsinho Lopes (PR) e do secretário Vandinho Leite (PR), que o descreveram como pessoa de bem. Mas não participei da campanha dele", reafirmou.

Fonte: A Gazeta

IBCCrim pede suspensão do novo Código Penal

 

CONJUR

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ÍNTEGRA AQUI: http://s.conjur.com.br/dl/manifesto1.pdf

 

30agosto2012

Por Elton Bezerra

A primeira parte da audiência pública promovida nesta quarta-feira (29/8) pelo IBCCrim sobre o novo Código Penal foi marcada por debates acalorados, provocações e até um manifesto, que pede a suspensão do anteprojeto elaborado por uma comissão de juristas. Assinado pelo IBCCrim e pelo Instituto Manoel Pedro Pimentel, da Faculdade de Direito da USP, o documento diz que o novo ordenamento foi conduzido de forma açodada, sem consulta à comunidade jurídica.

“Magistrados, membros do Ministério Público, advogados, delegados de Polícia, professores de Direito Penal e ciências afins não tiveram tempo para opinar sobre uma proposta de crimes e penas dirigidas para milhões de brasileiros”, diz trecho do manifesto.

As entidades reclamam, ainda, que teria havido pouco tempo para a análise do projeto, o qual estaria cheio de “vícios”, como a falta de proporcionalidade entre crimes e penas e uso de linguagem incorreta. “Por todas essas razões apontadas, torna-se imperioso o imediato sobrestamento do projeto nº 236/2012 para a mais ampla consulta à Nação, à comunidade científica e aos operadores jurídicos”, finaliza o manifesto, distribuído no 18º Seminário Internacional de Ciências Criminais do IBCCrim. Nesta quinta-feira (30/8), o instituto promove a segunda parte da audiência pública.

O ataque
A mesa que conduziu a audiência foi composta por dois críticos do novo Código Penal, o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior e o professor da UFPR, René Dotti. O defensor da proposta de novo ordenamento jurídico foi o relator do projeto e procurador regional da República Luis Carlos dos Santos Gonçalves.

Reale Júnior e René Dotti chamaram o novo Código Penal de "Projeto Sarney" e foram bastante aplaudidos em suas exposições, inflamadas e contundentes. “Isso fará vergonha à comunidade jurídica internacional”, afirmou Reale.

O seu companheiro de mesa e ideias, Rene Dotti, que chegou a fazer parte da comissão de juristas responsáveis pela elaboração do projeto, falou por que abandonou o grupo. “Fui a uma das audiências públicas pautadas pelo interesse da mídia e grupos de pressão, onde nada de concreto pude fazer”, justificou.

Ele exibiu uma lista com diversos artigos dos quais pinçou o que seriam, em sua avaliação, erros e aspectos problemáticos. “Não há no projeto Sarney a cominação da multa, a não ser em casos excepcionais. É só prisão”, citou como exemplo.

Outro ponto para o qual ele chamou atenção refere-se aos prazos de prescrição. “Agora, senhores advogados, a Polícia pode gastar na investigação e o MP pode gastar em pensar a denúncia até a véspera da prescrição da pena em abstrato. Isso é um atraso.”

Dotti também atacou a cláusula que preserva movimentos sociais do crime de terrorismo. “Essa proposta de exclusão é claramente inconstitucional”, afirmou, citando o MST. “Por que não dizer aqui abertamente? O MST tem proposta altamente social sem dúvida nenhuma. Nada contra o MST como instituição, mas sim quando comete crime.”

Miguel Reale Junior centrou suas críticas em aspectos relacionados a questões teóricas do Direito e foi bastante irônico. “O projeto liberal propõe aos jornalistas uma pena oito vezes maior do que propunha a lei de imprensa, que foi considerada um entulho autoritário”.

A defesa
Em sua exposição, o relator do novo Código Penal, Luis Carlos dos Santos Gonçalves, reconheceu que há falhas no texto. Ele fez um resumo das principais propostas apresentadas. Segundo ele, a adoção do novo Código Penal pode trazer benefícios para cerca de metade dos 471 mil presos no Brasil. “O nosso projeto é descriminalizador e descarcerizador”, declarou. “As maiores críticas que temos recebido é pelo caráter liberal. Vozes que vocês conhecem estão clamando por aumento de penas e redução de benefícios.”

Segundo Gonçalves, o novo CP reduzirá o número de tipos penais em vigor, que atualmente seriam 661, de acordo com seus cálculos. Com o novo diploma, esse número cairia para 374, já contando o Tratado de Roma. Apesar da enxurrada de críticas que e texto recebeu, o redator levou com bom humor o rótulo de "Projeto Sarney" dado por seus colegas ao novo Código Penal. “Para nós, é um avanço. Até outro dia, ele era conhecido como 'Pojeto Cabaré', pois previa a descriminalização das casas de prostituição”.

Clique aqui para ler o manifesto do IBCCrim.

Elton Bezerra é repórter da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 30 de agosto de 2012

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

ATENÇÃO : VIGILIÃO DO BEM....NESTE SÁBADO, 28-10-2012. CONVIDE QUANTOS PUDER !


  • Quem puder amanhã, sexta feira,  fazer um jejum, ao menos uma  refeição do dia em pró da noite do Vigilhão, será providencial.



  


-- Marli Marcandali
Ministério JEAME

31 anos resgatando, reabilitando e reintegrando
crianças e adolescentes em situação de risco social
www.jeame.org.br
 @MinisterioJEAME

OAB teme aprovação do Novo Código Penal

 

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Acho que todo mundo conhece a tendência da OAB em apoiar ideias ditas "avançadas" e que nem sempre se apoiam na moral cristã.

Mas desta vez...

NEM A OAB AGUENTOU O NOVO PROJETO DE CÓDIGO PENAL!

E não é para menos. Veja urgentemente este vídeo.

Há alguns dias, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) enviou um ofício ao presidente do Senado, José Sarney, pedindo que se discuta melhor o escabroso Novo Código Penal Brasileiro que querem implantar em breve no país.

É claro que a OAB não está preocupada com os aspectos que a nós cristãos são mais agressivos como o que demonstramos nesse vídeo.

Mas os absurdos contidos nesse projeto são tais que fazem saltar até... A OAB.

A instituição pensa que, do modo como este Código Penal foi escrito, ele não pode ser aprovado pelo Senado, pois está cheio de erros grotescos e aberturas para realizar novos crimes.

No ofício enviado ao Senado, a OAB justifica o pedido afirmando que houve pouco tempo para elaboração e discussão do Projeto e pede:

Maior e mais prudente discussão sobre um estatuto humano e social de longa duração e que afeta a vida, a liberdade, a segurança, o patrimônio e outros bens jurídicos de milhões de pessoas”.

Este ofício certamente é uma pequena vitória daqueles que, como você, Alex, lutam pela preservação dos valores familiares cristãos.

Mas calma... Ainda não estamos livres deste
odioso Projeto.

Por isso você precisa divulgar ao máximo essa campanha de Petições ao Senador Sarney, convidar amigos, publicar em sua rede social.

Convide a todos para assistirem esse filme.

Atenciosamente,

Mario Navarro da Costa
Diretor de Campanhas do
Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
www.ipco.org.br

PT vai rasgar estatuto para proteger mensaleiros

 

VEJA

25/10/2012 - 11:53

Justiça

 

Regras preveem expulsão de condenados por "práticas administrativas ilícitas" ou "crime infamante". Mas ninguém quer punir Dirceu e seus comparsas

Gabriel Castro

José Dirceu<br />

José Dirceu, chefe da quadrilha do mensalão (Eliária Andrade/Agência O Globo)

O PT vai ignorar o próprio estatuto para proteger os quatro integrantes do partido condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão. José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e João Paulo Cunha, considerados culpados pela Corte, enquadram-se no dispositivo do regimento petista que prevê pena de expulsão para quem sofre condenações judiciais. Mas seguirão militando na legenda.

Leia na coluna Radar, de Lauro Jardim:
Dirceu e sua turma voltam artilharia contra imprensa

Os integrantes da executiva do partido não pretendem sequer debater o assunto: punir os condenados seria reconhecer que o esquema criminoso de compra de apoio político existiu, algo que os negacionistas do PT não admitem. 

Mas o artigo 213 do estatuto da legenda é claro ao tratar dos casos em que a expulsão ocorrerá: quando houver "inobservância grave da ética" ou "improbidade no exercício de mandato parlamentar ou executivo, bem como no de órgão partidário ou função administrativa".

Isso já bastaria para excluir do partido os mensaleiros, condenados por crimes como corrpução passiva e formação de quadrilha. Mas um outro dispositivo do estatuto, logo abaixo, elimina qualquer dúvida: José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e João Paulo Cunha precisam ser expulsos do PT. O texto estabelece que a remoção do partido se dará também quando ocorrer "condenação por crime infamante ou por práticas administrativas ilícitas, com sentença transitada em julgado". 

Diante disso, não deveria haver escapatória para o quarteto: assim que a sentença do STF transitasse em julgado, os mensaleiros teriam de ser extirpados do partido. Mas, claro, não é o que vai ocorrer. "Não houve uma iniciativa com vistas à exclusão desses companheiros do partido e o mais provável é que não haja, ainda que no estatuto esteja previsto", diz o senador Eduardo Suplicy (SP).

O parlamentar explica a relutância em punir os envolvidos no mensalão: "Eles têm apresentado perante o partido e à opinião pública manifestações de que seus atos não foram bem compreendidos pelos ministros do Supremo e alegam a inocência". Por essa lógica, apenas criminosos confessos poderiam ser expulsos do PT.

Leia também:
Supremo condena a quadrilha do mensalão por 6 a 4
Confira o placar da votação no STF, réu a réu, crime por crime

Ética - Coordenador do conselho de ética do partido, Francisco Rocha exime-se de responsabilidade. Diz que apenas segue as orientações da Executiva Nacional da legenda e não pode analisar por conta própria a conduta de filiados da sigla. "Quem define as questões de encaminhamento sobre o estatuto é a Executiva. Eu não tenho opinião pessoal", afirma ele.

O deputado Cândido Vaccarezza (SP), integrante da Executiva Nacional do partido, repete o que diz a maior parte dos petistas quando indagados sobre o tema: "Nós temos uma visão, dentro do PT, de que a gente só vai falar desse assunto depois das eleições". A verdade é que a expulsão do quarteto não é sequer cogitada dentro da legenda.

Na prática, uma decisão do tipo só poderia ser tomada com o endosso de Rui Falcão, presidente do partido. Mas eis o que Falcão acha das decisões do STF no caso do mensalão: a conspiração de uma "elite suja":  "Quando eles são derrotados nas urnas, eles lançam mão dos instrumentos de poder de que ainda dispõem, desde a mídia conservadora, passando pelo Judiciário, para tentar nos derrotar". A declaração foi dada em um ato político ao lado de João Paulo Cunha, no mês passado.

O PT chegou a expulsar Delúbio Soares, tesoureiro da sigla na época do esquema criminoso, em 2005. Mas ele recebeu uma anistia da legenda no ano passado. Ao manter em seus quadros homens comprovadamente corruptos, peças-chave do mais grave escândalo de corrupção já montado no Brasil, o partido referenda a tese de que o esquema foi um projeto partidário -- e não uma aventura montada por um grupo limitado de petistas inconsequentes.

No vídeo a seguir, acompanhe o debate em VEJA.com sobre a sessão desta quarta do julgamento do mensalão:

 

COMPARTILHEM COM TODOS OS AMIGOS: Cidinha Campos inconformada, recorre e quer que blogueiro Ricardo Gama seja PRESO (TODO)

 

OBSERVAÇÃO: PARA EXPLICAR O QUE ACONTECEU RICARDO GAMA UTILIZOU ALGUMAS PALAVRAS MAIS DURAS.

 

Published on Oct 24, 2012 by Blogueiro Ricardo Gama

Deputada Cidinha Campos xinga eleitores de "cambada de mentirosos"
http://www.youtube.com/watch?v=SRk-qP-vvjM
Cidinha Campos quer Blogueiro Ricardo Gama PRESO, vídeo resumido.
http://www.youtube.com/watch?v=5kXKvhgmbuE

Condenação simbólica de Marcos Valério

 

Published on Oct 25, 2012 by nivaldocordeiro

A condenação de Marcos Valério a pena de cerca de 40 anos é simbólica. Finalmente um graúdo criminoso do colarinho branco recebeu pena proporcional ao mal que praticou. Assim deverá ser com a troica do PT, José Dirceu, José Genoíno e Delúbio, Soares. Não cabem dúvidas existenciais como as apresentadas no editoral da Folha de São Paulo de hoje (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/73897-para-quem-precisa.shtml). Prisão não pode ser apenas para pobres moradores dos morros e favelas. Essa gente mensaleira praticou grande crimes e deve pagar pelo que fez.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O modelo do PT

 

AUGUSTO NUNES

24 de Outubro de 2012

1 Minuto com Augusto Nunes

 

O Brasil teme que a fórmula usada por Dilma Rousseff no Conselho de Ética Pública seja estendida para o Supremo Tribunal Federal.

Petistas recorrem à Justiça contra mensalão no Jornal Nacional

 

IMPLICANTE

Publicado em outubro 24th, 2012

Escrito por: Implicante

Site do PT-SP informa que blogueiro dos “Sem Mídia” entrou com ação acusando TV Globo de crime eleitoral

megafone.1 422x338 Petistas recorrem à Justiça contra mensalão no Jornal Nacional

Notícia da manhã desta quarta (24), publicada no site do partido a partir de informações de certo portal que conta com dois colunistas condenados por corrupção pelo STF recentemente:

Movimento dos Sem-Mídia, presidido por Eduardo Guimarães, protocola ação contra a Rede Globo em razão dos 18 minutos dedicados ao especial sobre o mensalão, após o horário eleitoral gratuito; emissora comandada por Ali Kamel (dir.), que nunca se recuperou da edição do debate entre Lula e Collor em 1989, é acusada de partidarismo 24 DE OUTUBRO DE 2012 ÀS 11:00

(…)

(O texto segue reproduzindo a matéria do portal numérico cuja soma é sempre 13.)

599813 9711 cp Petistas recorrem à Justiça contra mensalão no Jornal Nacional

Eduardo Guimarães, o homem do megafone, é figurinha carimbada da “blogosfera progressista”. Ele é conhecido há muito tempo por organizar animadíssimas manifestações contra a liberdade de imprensa.

Confiram o resumo do mensalão no Jornal Nacional, que tanto incomodou os petistas:

 

O problema de Marilena Chaui não é de saúde mental, mas de caráter mesmo! Ou: O jornalismo nestes tempos

 

PARA RELEMBRAR

 

Published on Sep 4, 2012 by Alberto Thieme

*** os vídeos originais estão neste canal:http://www.youtube.com/user/arturscavone.
A cada fala a ADHT inseriu informações adicionais, como poderão ou puderam perceber. É a turma amiga dos corruPTos do PARTIDO DO MENSALÃO mais uma vez jogando as misérias de SÃO PAULO e do país na conta dos outros, pois, como todos sabem, os MARXISTAS são impecantes, inerrantes, a nata da humanidade...

 

REINALDO AZEVEDO

24/10/2012 às 6:59

Desconfio, às vezes, da sanidade mental de professora de filosofia, que filósofa não é, Marilena Chaui. Mas depois me ocorre que o problema não é de sandice, mas de caráter mesmo. Leio na Folha de hoje um texto muito interessante. Por tudo o que informa e, especialmente, por aquilo que deixa de informar. Algo de muito, como posso dizer?, estranho (ou nem tanto) se passa no jornalismo paulistano. Leiam com atenção. Negrito (ou vermelhito) alguns trechos para chamar a atenção de vocês.

A filósofa e professora da USP Marilena Chaui disse ontem que a vitória de Fernando Haddad (PT) na eleição para prefeito de São Paulo representará a afirmação da “política contra a religião”.
Ela participou de ato realizado por um coletivo de estudantes da universidade para “discutir a cidade”.
Embora os organizadores afirmem que o evento não tivesse conotação partidária, 10 dos 11 professores que discursaram defenderam voto no petista. O título do ato, “São Paulo quer mudança”, é um dos motes da campanha de Haddad.
Após uma introdução em que afirmou que uma das formas de se renegar a política é a crença de que o poder do governante emana de “escolha divina”, Chaui defendeu Haddad e atacou o apoio do pastor Silas Malafaia ao candidato do PSDB, José Serra.
“A eleição de Fernando Haddad significa que eu afirmo a política contra a religião e, portanto, contra os Malafaias e outras figuras [...]”, disse a professora.
Malafaia, líder da Assembleia Vitória em Cristo, vem atacando Haddad pela elaboração de material anti-homofobia em sua gestão no Ministério da Educação. Anteontem, o petista recebeu apoio de pastores evangélicos.
Um grupo de 15 estudantes estendeu cartazes contra a aliança do PT com o ex-prefeito Paulo Maluf (PP) e pregou voto nulo.
Em seu discurso pró-Haddad, a professora Daisy Ventura disse que o sistema eleitoral“leva forçosamente à realização de amplas alianças, e temos que estar nelas para defender o que achamos que deva ser a esquerda”.

Voltei – Primeiro a reportagem
Começo com algumas observações sobre a reportagem. O repórter teve o capricho de contar quantos estudantes estenderam a faixa contra a aliança do PT com Maluf — 15 — e quantos professores discursaram: 11. Mas não há uma só dica sobre o número de professores presentes ao ato. Dou uma dica: a USP tem perto de 100 mil alunos e pouco mais de 5 mil professores. Quanto estavam lá? Vinte? 30? 40? 400? Qual era o número segundo os organizadores ao menos?

Evidentemente, está claro, era uma manifestação partidária, em favor de um candidato. Cumpria à reportagem — e não estou ensinando nada a ninguém porque obrigação profissional não se ensina a profissionais — saber que a manifestação é ilegal porque a USP é um prédio público. Não está claro a que hora aconteceu o ato. Foi durante o expediente de algum professor? Se for assim, aí já é uma segunda transgressão.

Notem que a reportagem fala em “coletivo de estudantes” sem nem mesmo as aspas. Isso corresponde a incorporar a linguagem militante como algo referencial. Fala-se em “coletivo” como quem fala em “grupo”. Se eles se intitulassem “soviete estudantil”, viria igualmente sem aspas.

Observem que, no texto da Folha, Malafaia não “critica” Haddad, mas “ataca”. Afinal, sabem como é, trata-se de uma pastor evangélico que vota em Serra, e tratá-lo como mero celerado deve ser coisa considerada “progressista”. No vídeo que gravou com críticas ao candidato petista, o pastor deixa claro que acha correto atacar todas as formas de preconceito na escola, inclusive contra gays, e se opõe é ao “kit gay”. Mas não! Na reportagem, ele “ataca” por causa do“material anti-homofobia”, deixando a sugestão — e as palavras fazem sentido — de que Malafaia é contra o combate à “homofobia”. Logo, seria favorável à homofobia. É o fim da picada!

Agora as professoras
Marilena, a que não padece de problemas de insanidade, mas de caráter, liderou o tal ato um dia depois de Haddad ter convocado uma reunião, no diretório municipal do PT, com pastores evangélicos, arrancando deles um manifesto de apoio. Ela resolveu afirmar o valor da “política contra a religião” no que respeita aos apoiadores de Serra. Já os evangélicos que estão com Haddad, naturalmente, são pessoas iluminadas.

Marilena não fez referência ao manifesto em sua fala. E, como se vê, a reportagem da Folha também não. Bem, esta é aquela senhora que, em recente reunião no comitê de uma candidata a vereadora do PT, afirmou que Maluf, agora, é só “engenheiro”; não é mais de “direita”.

A outra professora, uma tal Dayse Ventura, tentou explicar a aliança com o ex-prefeito. Para ela, o sistema eleitoral “leva forçosamente à realização de amplas alianças, e temos que estar nelas para defender o que achamos que deva ser a esquerda”.

Entendi. Em nome do que eles acham “que deva ser a esquerda”, qualquer aliança é possível, de sorte que, em certas circunstâncias, Maluf pode ser um bom atalho para um programa de… esquerda.

Problema de caráter? É, sim! De caráter! E não é de hoje. Em 2012, dona Dayse acha que a aliança com Maluf é a maneira que há de “defender o que achamos (o que eles acham…) que deva ser de esquerda”. Em agosto de 1939, ser de esquerda era apoiar o pacto Molotov-Ribbentrop (o acordo de Stálin com Hitler). Em 1956, ser de esquerda era apoiar a invasão da Hungria pelo Pacto de Varsóvia; em 1968, a da Checoslováquia… E vai por aí…

Em nome do que eles acham “ser de esquerda”, qualquer coisa é justificável, qualquer aliança é nobre, qualquer crime é louvável. É o esgoto moral. Se Haddad for eleito, uma parte da Prefeitura será dada a Maluf. Em nome de um governo de… esquerda!

PS – Sim, eu vou votar em Serra. E conto isso aos leitores.  De todo modo, se existe alguma restrição de natureza técnica ao que escrevi acima ou se feri os fatos, que me digam! Eu sou um jornalista que declara voto e procura ser rigoroso com os fatos. Eticamente doloso é não declará-lo e fraudar a realidade factual.

Texto publicado originalmente às 4h30

Por Reinaldo Azevedo

Advogado de Valério diz que Lula era 'interessado' no mensalão

 

G1

23/10/2012 12h41 - Atualizado em 23/10/2012 12h57

 

Criminalista distribuiu mensagem nesta segunda (22) aos ministros do STF. G1 procurou a assessoria de Lula, mas não conseguiu contato.

Fabiano Costa Do G1, em Brasília

201 comentários

Com a condenação de Marcos Valério por cinco crimes no julgamento do processo do mensalão, a defesa do operador do esquema de pagamento de propina a parlamentares tenta demonstrar aos dez ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que os principais interessados na compra de apoio político no Congresso seriam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores (PT).

Em memorial de oito páginas distribuído nesta segunda-feira (22) aos magistrados da Suprema Corte, o advogado Marcelo Leonardo, responsável pela defesa de Marcos Valério, enfatiza que o núcleo político da denúncia de corrupção “deslocou o foco” das investigações dos protagonistas do esquema, entre eles Lula, seus ministros e dirigentes do Partido dos Trabalhadores, para o empresário mineiro. Nas três ocasiões em que cita o ex-presidente no documento, o criminalista escreve o nome do petista em letras maiúsculas.

“Assim, [...] relevantes seriam as condutas dos interessados no suporte político 'comprado' (Presidente LULA, seus Ministros e seu partido) e dos beneficiários financeiros (Partidos Políticos da base aliada), sendo o PT, Partido dos Trabalhadores, o verdadeiro intermediário do ‘mensalão’”, escreveu o defensor.

O G1 procurou a assessoria do ex-presidente Lula, mas até a publicação desta reportagem ainda não havia conseguido contato.

Para Marcelo Leonardo, o cliente dele seria apenas o “operador do intermediário”, em uma referência direta ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que, segundo o Ministério Público, é quem orientava Valério sobre quem seria beneficiado com os pagamentos de recursos do chamado “valerioduto” (esquema operado por Marcos Valério para pagar propina a parlamentares em troca de apoio político ao governo Lula).

“Quem não era presidente, ministro, dirigente político, parlamentar, detentor de mandato ou liderança com poder político, foi transformado em peça principal do enredo político e jornalístico, cunhando-se na mídia a expressão ‘valerioduto’, martelada diuturnamente, como forma de condenar, por antecipação, o mesmo, em franco desrespeito ao princípio constitucional fundamental da dignidade da pessoa humana", ressaltou Marcelo Leonardo no texto entregue aos ministros.

saiba mais

Marcos Valério foi considerado culpado pela mais alta corte do país pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro, peculato, evasão de divisas e formação de quadrilha. A pena que ele terá de cumprir será definida pelos magistrados a partir desta terça (23), na chamada dosimetria.

Na avaliação do advogado, a corte foi dura com Valério ao condená-lo por quatro dos cincos crimes dos quais ele havia sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Na tentativa de atenuar a punição do operador do mensalão, Marcelo Leonardo destacou no memorial que os magistrados considerem, na hora da definição das penas dos réus condenados, o fato de o cliente dele ter “colaborado” com as investigações que descortinaram o esquema de compra de votos.

De acordo com o criminalista, o empresário mineiro forneceu a lista e os documentos que permitiram ao Ministério Público oferecer denúncia contra 40 pessoas.

“[Valério] Forneceu a lista de todas as pessoas que receberam recursos financeiros, indicadas pelo PT, por intermédio de Delúbio Soares, sendo que entre os quarenta denunciados, não há um só beneficiário que não estivesse naquela lista”, destacou Marcelo Leonardo na peça judicial.

Para ler mais do Julgamento do Mensalão, clique em g1.globo.com/politica/mensalao. Siga também o julgamento no Twitter e por RSS.

REVOLTADOS ONLINE AVISA: MEGAEVENTO na PRAÇA FRANKLIN ROOSEVELT SÁBADO DIA 27.10.2012. PRESENÇA CONFIRMADÍSSIMA Dr. HÉLIO BICUDO

 

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Participe desde MEGAEVENTO na PRAÇA FRANKLIN ROOSEVELT SÁBADO DIA 27.10.2012 que tem como objetivo comemorar o divisor de águas no que tange a impunidade no nosso país, pela condenação da maior quadrilha de toda a história do Brasil: o Mensaleiros, e convidar a população a votar consciente no dia seguinte, CONTRA os votos nulo e branco.

Teremos palco com a presença de vários DJ’s e bandas tocando

temas de combate à corrupção política. Além disso, uma performance com uma prisão montada na praça, remeterá à condenação dos quadrilheiros do Mensalão. Faremos homenagem ao STF e pedido de justiça quanto ao repatriamento de nossos bens.

Serão distribuídas camisetas para o público, os primeiros 2 mil que chegarem.

Participe! Se você tiver uma banda e quiser participar, escreva para nós aqui no mural.

Acesse o evento:
https://www.facebook.com/events/239993926129677/

Organização: Revoltados ON LINE e NasRuas

***Recebemos uma doação de 2 mil camisetas e tinta para impressora, como temos todo o material de estamparia, vamos distribuir as camisetas gratuitamente.***

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O especialista louco do Conselho Tutelar

 

JULIO SEVERO

23 de outubro de 2012

* “Nunca o vi observar pais com seus filhos”: A assistente social que afirma ter sido forçada a tirar bebês de suas mães pelo “especialista” que brincava de ser Deus

* Keira Roberts trabalhou para o Dr. George Hibbert no Centro de Aconselhamento Familiar da cidade de Swindon, 130km a leste de Londres

* Hibbert dava tarefas estranhas aos pais, como trocar um pneu de carro enquanto cuidava da criança

* Keira: ‘Tivemos que colocar coisas ruins em nossos relatórios’

* O Dr. Hibbert ganhava mais de £40,000 (R$120.000) por semana.

Katherine Faulkner

Qualquer pessoa que trabalhe em um Conselho Tutelar lhe dirá que um dos piores aspectos do trabalho é ter que tirar uma criança dos braços da mãe, possivelmente para sempre.

Só isso já é de partir o coração, ainda mais quando se sabe com 100% de certeza que retirar a guarda dessa criança é o melhor para ela. Mas e se você estivesse sendo forçado a afastar uma criança de uma mãe que você acredita ser boa e dedicada?

Keira Roberts nunca imaginou que se encontraria em tal posição quando aceitou trabalhar para um psiquiatra eminente que se especializou em ajudar as autoridades locais a identificar pais perigosos ou negligentes.

“Brincando de Deus”: Dr. George Hibbert, especializado em ajudar autoridades locais a identificar pais perigosos e negligentes

O Dr. George Hibbert era visto como um dos principais especialistas em abuso infantil, dava palestras na Universidade de Oxford e assessorava membros do parlamento acerca do sistema de varas de família.

Quando Keira concordou em trabalhar para ele, foi em um dos seus Centros de Aconselhamento Familiar, um dos lugares para onde eram encaminhadas as famílias que estavam sob monitoração das assistentes sociais. Essas famílias eram monitoradas dia e noite enquanto se decidia o que se deveria fazer em seguida.

Era um processo bastante invasivo, mas Keira presumia que o Dr. Hibbert, que tinha alta confiança (e um belo salário) de várias autoridades locais, sabia o que estava fazendo.

E após o escândalo da morte do bebê Peter Connelly, ela entendeu como era importante agir em todas as suspeitas de abuso dos pais.

Mas proteger crianças é uma coisa. Destruir famílias, aparentemente por razões banais, é outra. No entanto, isso é o que Keira acusa o Dr. Hibbert de ter feito, e em uma escala espantosa.

O primeiro sinal de alerta surgiu quando Keira sentiu que o Dr. Hibbert queria que sua equipe tivesse como prioridade registrar apenas os aspectos negativos que observavam.

E ela ficou assombrada quando os pais eram submetidos a tarefas bizarras e, acreditava ela, injustas, para avaliar como se comportavam.

Ela assistiu a uma jovem mãe fazendo esforço para utilizar o aspirador nas escadas enquanto segurava um bebê. Outra foi enviada ao supermercado com o bebê para carregar sozinha uma enorme quantidade de compras para 14 pessoas.

Mas sua estupefação com os métodos do Dr. Hibbert se transformaram em terror quando ela viu que quando os pais “fracassavam” nas tarefas para os padrões elevados (ou “impossíveis”, como ela colocou) do Dr. Hibbert, isso contava para eles negativamente, e seus filhos lhes eram tirados.

E o que lhe assombra é que algumas vezes sobrava para ela a responsabilidade tirar as crianças dos pais a força.

O caso que ainda lhe tira o sono envolveu uma jovem mãe chamada Anna, uma mulher que Keira havia observado por 14 semanas e considerava uma boa mãe. Ela vinha de um histórico difícil, mas não havia provas de que ela era abusiva ou negligente com relação ao seu bebê.

Sob investigação: Dr. George Hibbert em frente do Centro de Aconselhamento Familiar em Swindon

Aliás, Keira estava impressionada com o bom trabalho que ela estava fazendo para cuidar de seu filho.

No entanto, um dia, às 5 horas da manhã, Keira estava trabalhando no centro de aconselhamento familiar quando Anna apareceu chorando. Estava com o bebê nos braços, andando impacientemente de um lado a outro e aos prantos, implorando a ajuda de Keira.

“Ela estava convencida de que iria para casa sem seu bebê porque pensava que havia fracassado. Estava histérica. Perguntava repetidamente: ‘Você acha que sou uma boa mãe?’ Minha resposta era sim, mas não havia nada que eu poderia fazer. O Dr. Hibbert havia tomado sua decisão”.

Mais tarde, foi Keira quem teve que tirar o bebê dos braços dessa mãe. “Foi a pior coisa que já tive que fazer”, afirma.

Mas Anna não foi um caso isolado. A frequência com que bebês eram tirados dos seus pais em razão das práticas do Dr. Hibbert ainda não é conhecida. Mas Keira não foi a única a temer que seu chefe estava abusando de seus poderes.

Algumas semanas antes, o Dr. Hibbert se ofereceu para abrir mão de sua licença quando o Conselho Geral de Medicina abriu uma investigação por causa da acusação de que ele teria deliberadamente feito um diagnóstico errado, de que mães apresentavam distúrbios mentais, para atender às exigências das assistentes sociais.

O Conselho negou a oferta do Dr. Hibbert, e está investigando sua competência para exercer sua profissão.

É a primeira vez que um membro de sua equipe se manifestou para falar sobre o que dizem acontecer dentro de um dos seus centros de aconselhamento familiar.

Keira trabalhou por mais de um ano para o Dr. Hibbert no centro Windmill House, na cidade de Swindon. Seu relato, que foi dado com a condição de que sua identidade fosse mantida em sigilo, descreve o horrível cenário nas vidas dos pais sobre os quais Hibbert disse às varas familiares serem “inaptos” para cuidarem de seus filhos.

Não se conhece o número de famílias que foram destruídas pelo Dr. Hibbert, mas Keira confirma que devem ser “muitas”.

Entre quatro e oito famílias viviam em Windmill House em qualquer dado momento, com Keira e suas colegas observando-os 24 horas por dia, inspecionando todas as interações dos pais com seus filhos.

Era como “a casa do Big Brother”, afirma, “mas 100 vezes pior, porque se eles fizessem algo que fosse considerado errado, corriam o risco de perder seus filhos”.

Mesmo à noite, afirma Keira, a equipe escutava a interação entre pais e filhos (e, no caso de casais, suas conversas íntimas) por meio de babás eletrônicas.

Ela afirma que as mães não tinham privacidade nem mesmo para amamentar seus filhos. “Sempre achei isso muito invasivo” afirma Keira.

“Quando estava observando os pais no mesmo recinto, costumava beber lentamente um copo d’agua ou fazer palavras cruzadas para que eles não se sentissem tão observados”.

Talvez essa intrusão fosse justificada se as observações sobre as interações dos pais com seus filhos tivessem sido honestas.

Keira afirma que as coisas começaram de uma forma equilibrada, com a equipe sendo orientada a escrever, nas margens das suas abundantes anotações, um pequeno “G” (good) para boas atitudes, “B” (bad) para más atitudes, e “R” para ações rotineiras.

Mas depois, segundo ela, eles entenderam que tinham que anotar apenas os aspectos ruins das ações que observavam.

Ela afirma: “O Dr. Hibbert disse: ‘Tudo o que quero, tudo o que preciso é que vocês destaquem tudo o que for ruim’. Não incluíamos quaisquer boas ações dos pais porque as varas não iriam considerá-las como interpretação”.

A equipe estava horrorizada, acreditando que isso iria gerar uma “visão distorcida”.

“Não acredito que qualquer pessoa tenha achado isso correto”, afirma Keira, “mas ele disse que tínhamos que reduzir a papelada que repassávamos a ele”.

Outro método do Dr. Hibbert era o de submeter os pais a tarefas bizarras, como trocar o pneu de um carro enquanto cuidava de um bebê.

“Os testes eram ridículos”, afirma Keira. “Vários dos membros da equipe disseram que se estivéssemos na mesma situação, iríamos fracassar. Era um ambiente totalmente improvável e falso”.

Mas, por incrível que pareça, as mães com frequência se saiam bem nas tarefas, apesar das dificuldades. “Elas estavam desesperadas para passar”, lembra Keira.

Embora ela e seus colegas tivessem que observar os pais 24 horas por dia, Keira afirma que o Dr. Hibbert raramente estava em Windmill House.

A equipe o via ocasionalmente entrando e saindo do estacionamento em um dos seus Porsches (um preto e um prata), ou aparecendo no escritório para pegar um dos seus ternos de grife, que alguém da equipe havia levado para lavar a seco.

Mas Keira alega que “nunca” viu o psiquiatra de fato observar os pais com seus filhos antes de escrever seus relatórios para as varas de família, o que seria extraordinário se fosse sempre o caso, considerando que esse homem estava ganhando um salário muito alto à custa dos cidadãos que pagam impostos para fazer uma “avaliação intensiva e multifacetada” de uma mãe por mais de 12 semanas.

Rico: Dois Porsches podem ser vistos estacionados em frente à casa do Dr. Hibbert perto de Swindon.  Em determinado momento em 2010, quando ele tinha 11 residentes no centro de uma vez, o Dr. Hibbert estava recebendo mais de R$120.000 por semana.

“No ano em que estava lá, não o vi uma única vez observar um pai ou mãe com seu bebê”, afirma Keira. “Era ridículo. Como ele pode dar uma opinião de especialista sobre o comportamento dos pais se ele nem sequer os observou?”

O Dr. Hibbert admitiu que limitou suas interações com os pais por causa dos fortes efeitos que isso poderia causar.

No entanto, poucos teriam suspeitado de que ele raramente observava as pessoas cuidando de seus filhos.

Não apenas isso, as somas cobradas pelo Dr. Hibbert para seus aconselhamentos familiares são espantosas. As varas de família têm pago milhares de libras por semana por seus pareceres.

Cada pai com um filho na unidade lhe rendem £4.100 (cerca de R$ 12.000) por semana. Esse valor sobe para £6.150 (cerca de R$19.000) para um casal e um filho, ou £8.200 (cerca de R$25.000) para um casal e dois filhos.

Em determinado momento em 2010, quando ele tinha 11 residentes no centro de uma vez, o Dr. Hibbert estava recebendo mais de £40.000 por semana, mais £210 (cerca de R$650) que cobrava por cada hora em que tem que ler a papelada dos pais.

Essa conta era dividida entre as autoridades locais, o representante legal da criança e o advogado que atuava como procurador dos pais. Em outras palavras, dinheiro público.

Apesar dos enormes custos, os aconselhamentos do Dr. Hibbert parecem depender em grande parte de anotações feitas por membros de sua equipe, alguns de até 19 anos.

Keira insiste que o Dr. Hibbert geralmente via os pais por não mais do que 20 minutos por semana. Os funcionários, que recebiam um salário de £16,500 (cerca de R$ 50.000) por ano, ficavam com a responsabilidade de observar os pais por ele.

“Não éramos especialistas, nenhum de nós era”, confirma Keira. “Alguns não tinham qualificação nenhuma. No entanto, éramos nós que de fato observávamos os pais com seus filhos”.

Com os pais arcando com a própria alimentação, cozinhando e cuidando da limpeza sozinhos, os funcionários comentavam que o Dr. Hibbert “devia estar faturando muito alto com o seu centro de aconselhamento familiar”. No entanto, esse era apenas um dos seus bicos altamente rentáveis.

Ele também ganhava uma fortuna testemunhando em julgamentos como especialista, para o qual cobra a absurda quantia de £1.800 (cerca de R$ 5.500) por dia. E por incrível que pareça, ele ainda faturava £105 (cerca de R$300) por hora pelo tempo de viagem de ida e volta das audiências, mais cerca de £0,72 (cerca de R$2,20) por quilômetro como custo de combustível.

“Não sei com que frequência ele ia a audiências, mas era mais ou menos uma vez por mês”, lembra Keira. Segundo ela, ele não era um chefe gentil, e alega que ele estava sujeito a crises de “mau humor” e costumava “andar pesado” quando estava irritado. Keira o descreve como uma “presença intimidadora”.

“Ele me olhava com desprezo”, afirma. “Ele era mais inteligente, ele era quem sabia de tudo; nós éramos apenas seus lacaios. Nunca encontrei alguém tão cheio de si. Também se achava uma dádiva de Deus para as mulheres”.

No ano em que trabalhou no centro, vários funcionários pediram demissão devido ao que Keira acreditava ser problemas com o Dr. Hibbert.

E não demorou muito até que ela começasse a ter sérias dúvidas. “Com algumas mães, parecia não importar o que escrevíamos”, afirma ela. “Parecia que ele tinha tomado sua decisão a respeito delas desde o início”.

Outras, acredita ela, eram criticadas “por nada”.

Um jovem pai foi acusado de ter “tendências pedófilas” depois que uma assistente social o observou deitado no chão com sua filha assistindo televisão.

Outro foi acusado de ter um estilo “invasivo” porque gostava de fazer cócegas em sua filha, no que Keira afirmava que o bebê “simplesmente adorava”.

O caso mais bizarro foi o caso de uma mãe casada que gostava de escrever lembretes. “O Dr. Hibbert nos disse que escrever lembretes não era um comportamento normal. Ele disse que era obsessivo. “Todos nós dissemos: pera lá, nós fazemos isso também!”

Mas os pais não tinham como ganhar.

“Se os pais não confiavam nele, eram rotulados de paranoicos”, lembra-se Keira. “Se ficassem tristes, ele dizia que não eram estáveis”.

O fim da picada com o Dr. Hibbert veio quando ela observou uma reunião que ele teve com uma mulher que descrevia como ela uma vez foi estuprada.

A reação do psiquiatra deixou Keira chocada. Ela afirma: “Eu o vi colocar os dedos nos ouvidos e dizer: ‘Nã nã nã, não estou escutando’. Não pude acreditar no que eu estava vendo. Não tive a impressão de que ele tinha um pingo de empatia”.

No início de 2010, o Dr. Hibbert abriu mais quatro quartos no seu centro de aconselhamento.

Mas poucos meses depois de ter aberto o prédio extra (chamado de O Anexo), de repente ele fechou todo o centro.

Disseram aos funcionários que os negócios com as autoridades locais estavam ficando escassos devido à situação econômica, e que toda a equipe iria perder o emprego.

“Foi muito estranho”, lembra Keira. “Alguma coisa não estava certa. Ele gastou todo esse dinheiro equipando o prédio, e ainda estávamos recebendo ligações das autoridades locais nos pedindo que internássemos mais famílias”.

Foi apenas mais tarde que Keira descobriu o que acredita ser a verdadeira razão de o centro ter fechado tão abruptamente: seu ex-chefe estava sendo investigado pelo Conselho Geral de Medicina.

Uma jovem mãe alegou que ele deliberadamente a diagnosticou com transtorno bipolar, uma decisão que trouxe como consequência a perda de seu filho.

Na última sexta-feira, um porta-voz do Dr. Hibbert disse: “A Sociedade de Proteção Médica, em nome do Dr. Hibbert, confirma que não foi encontrado nada contra ele pelo Conselho Geral de Medicina ou qualquer outra entidade. O Dr. Hibbert não pode comentar a respeito de investigações em andamento devido ao seu compromisso de confidencialidade dos pais e suas obrigações profissionais”.

Quanto a Keira, ela afirma que quer ir ao Conselho contar sua história.

E acrescenta: “Pessoalmente, quero que ele seja processado, tenha seus bens confiscados e vá para a cadeia. O que ele fez é imperdoável”.

Alguns nomes foram alterados.

Traduzido por Luis Gustavo Gentil do artigo do Daily Mail: “'I never saw him observing parents with children': The woman who said she was forced to take babies from their mothers by the 'expert' who played God

Fonte: www.juliosevero.com

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