MATÉRIA RECEBIDA VIA EMAIL.
Prezado Josimar Salum,
O seu ultimo email e’ muito inspirador…
apesar de serem verdades que doem na alma.
O filme “Lincoln” me fez tambem refletir
um “bocado”.
Vour repassar e recomendar a leitura do
seu texto para os meus amigos no Brasil.
Abraços, Nelson.
From: Transformando [mailto:jsalum@thekingsnet.org]
Sent: Friday, 1 March 2013 3:00 PM
To: Nelson de Castro Cruz
Subject: Covardia ou Coragem?
Sent: Friday, 1 March 2013 3:00 PM
To: Nelson de Castro Cruz
Subject: Covardia ou Coragem?
Josimar Salum
Chorei muito enquanto assistia com
minha esposa o filme “Lincoln” de Steve Spielberg, especialmente quanto ao
sofrimento de milhões de africanos e afro-americanos. E ao pensar que mesmo
depois da emancipação continuaram sofrendo por muitos e muitos anos vítimas do
preconceito racial. Nem todo o perdão e reconciliação entre brancos e negros
podem apagar todo o sangue que foi derramado. Só Deus para ter misericórdia e
curar de vez esta mancha gigantesca de injustiça da história dos Estados
Unidos.
Chorei ainda pela coragem
de Abraham Lincoln, que inspirado na Bíblia que lia,
levantou-se como farol de esperança e liberdade, e mesmo depois de
apagado pela covardia dos racistas do Sul ainda hoje inspira milhões.
Em Inglês a palavra “cowardice” é
definida como “falta
de coragem ou resolução" enquanto que em
Português “covardia” é definida também como “pusilanimidade, fraqueza,
medo, frouxidão ou poltroneria.”
Todo os covardes com pequenas variações são pessoas
sem firmeza, sem determinação e sem coragem, possuídas de vulnerabilidade moral
e via de regra desleais e traiçoeiras.
Ao termo “coragem” em nossa língua não faltam sinônimos:
“Valor, destemor, ânimo, intrepidez, bravura, denodo, afoiteza, arrojo,
atrevimento, audácia, desembaraço, ousadia, valentia, força ou energia
moral, desenvoltura e firmeza inabalável que leva o corajoso afrontar os
perigos no meio deles.”
A palavra temeridade é também
sinônima de coragem, mas presunçosa. Porque “o valor que não tem por fundamento a prudência
chama-se temeridade, e as façanhas dos temerários devem atribuir-se mais à
sorte do que à coragem.” (Miguel de Cervantes, escritor espanhol, autor da
novela clássica “Don Quixote”)
“Todo ignorante é ousado”, porque a falta de conhecimento
proporciona-lhe um ânimo incomum. Não é comum àqueles que sabendo de todas as
coisas relacionadas as suas decisões e “os
prós e contras” da empreitada não se arriscam muitas vezes por
prudência ou por covardia mesmo a pessoa não avança.
Todo imigrante ao sair de sua terra
demonstra muita coragem, porque vivia amparado mesmo em face de grandes
necessidades pela comodidade, segurança de estar sempre no meio do conhecido e
pelo senso de estabilidade, de lar, de aconchego e de proteção.
Não conheço nenhum imigrante que ao
prosseguir com os planos de sua viagem não tenha sofrido alguma oposição de
alguém com argumentos pela desistência de sua jornada, e assim, não tenha
precisado de uma dose extra de coragem para vencer os medos, os fantasmas
e as incertezas do futuro.
Na Bíblia encontrei este texto: “Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de
equilíbrio.” 2 Timóteo 1:7
“Deilia” é a transliteração do grego koinê
para “covardia” que
significa timidez
e reticência, cuja raiz “deilos” descreve uma pessoa que perdeu seu bom
senso moral e sua fortaleza como pessoa. Refere-se ainda
ao indivíduo
que tem um excessivo medo de perder que o leva e o conduz e à pessoa
extremamente desagradável ou chocante.
Uma pessoa assim nunca comparece para
defender o interesse do seu próximo, porque seu cálculo da perda de qualquer
coisa e o risco de ser rejeitada faz com que seja calada pelos outros ou por si
mesma, de fato, pelo seu egoísmo, como alguém que se esconde, se omite e auto
sucumbe-se no poço de sua vergonha.
O aspecto mais vergonhoso do
significado de “covardia” é exatamente reticência, isto é, “a supressão ou omissão voluntária de uma coisa que poderia ou deveria
ter sido dita, mas é omitida.”
Martin Luther King, mesmo depois de
morto a tantos anos, ainda fala, e urge até hoje cada um de nós a desprezar uma
vida reticente pela coragem e ousadia de abrir a boca e defender todos os
nossos irmãos:
“Se soubesse que o mundo se
desintegraria amanhã, ainda assim plantaria a minha macieira. O que me assusta
não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos.Temos aprendido a voar
como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos a sensível arte de
viver como irmãos.”'
Carecemos deste sentido de família,
que vai além de nossos cônjuges, filhos, netos, familiares e parentes e que se
extende aos vizinhos, conterrâneos, gente de outras nacionalidades, religiões e
denominações.
Carecemos de um interesse zeloso por
todas as causas de Justiça não somente aqui ao nosso redor, mas lá e além, onde
quer que nossa influência possa chegar.
Encontre uma causa, é bem fácil
encontrar uma, tome a sua bandeira e se embrenhe na batalha pelos direitos,
especialmente, dos pobres, dos imigrantes, dos órfãos e das viúvas.
Tenha coragem, abra a boca, cidadão,
e mesmo que te custe o favor de teus companheiros, combata a imoralidade da
exploração do bem público em benefício próprio e a avareza destes governantes
populistas corruptos.
Abre a boca, cidadão, e grite “Basta”
diante da perseguição injusta impetrada pelos que detem qualquer poder, seja o
econômico ou o de comunicação de massas que propagam valores falsos em
detrimento de muitos.
Abra a boca, cidadão, juntamente com
os corajosos que denunciam a mentira, a injustiça, a exploração de todo o tipo,
que não se vendem pelo vil metal e não temem a represália, a perda de seus bens
e o afastamento dos seus queridos, porque preferem a Verdade e a Justiça acima
de qualquer bem ou riqueza passageiros.
Confesso que uma repulsa brotou em
minhas entranhas já algum tempo e a cada dia se avoluma contra este homem
maligno chamado Ahmadinejad que vomita ódio contra os judeus e apregoa a
inexistência do Holocausto que ceifou a vida de mais de 6 milhões de pessoas
desde embriões nos ventres de suas mães até aquelas mais avançadas em idade.
Um torpor e uma anestesia tomaram
conta da maioria dos dignatários na Assembléia das Nações Unidas e se espalhou
por toda a Terra, e encontrou eco e voz em outro homem vil chamado Hugo Chavez
e até naquele pobre miserável chamado Lula e seus comparsas do Brasil que
apoiam o idiota racista.
Estou repugnando esse desfile de
cumprimentos e tapinhas nas costas deste trio malígno.
Chega, não me calarei mais,
levantarei a minha voz, escreverei minhas palavras de repúdio contra esta
carnificina pisicológica!
Denunciarei os fanáticos que pelo seu
idealismo politico e pela fidelidade às suas utopias calam-se e até defendem o
direito daquele assassino de obter ogivas nucleares, como se estivesse
brincando quando disse que "vai riscar do mapa" a nação de Israel.
Abro a boca, porque abomino qualquer
ameaça de violência, e muito mais todo genocídio e matança de vidas inocentes
em nome de qualquer causa, muito menos aquela da supremacia racial.
Corrie Ten Boon - Cristã Holandesa que resgatou
centenas de judeus no seu Lugar Secreto
São covardes os que pensam que podem
arrancar páginas do Holocausto dos livros de História, queimar suas
fotografias, apagar as películas testemunhas da matança dos judeus, e ainda que
fosse possível, não há como extrair do solo desta terra os milhões de litros de
sangue derramados pela crueldade inimaginável dos seres perversos liderados por
Hitler, uma das maiores pragas humanas que já pisaram neste planeta.
Pastor assassinado por Hitler
Lidér da resistência contra o Nazismo
Seria como se pudéssemos
negar a história da matança vil e covarde de nossos co-humanos africanos que
foram trazidos para as Américas para serem torturados pelo trabalho escravo até
a morte.
Abro a boca, porque rejeito a
opressão aos palestinos, a opressão maligna dos radicais mulçumanos as suas
mulheres, moças e meninas, aos que até hoje matam em dezenas de
países como na China, Coréia do Norte, Vietnan, nos Países árabes como
Argélia, Síria, Turquia, Egito, etc os que pregam e servem a Jesus Cristo.
Abro a boca para denunciar a morte
pela fome de crianças em Darfur e nos campos de refugiados em toda a
Àfrica quando todas as riquezas da África são exploradas por outros povos e
pelos próprios africanos cheios de avareza.
Abro a boca em favor das milhares de
meninas exploradas sexualmente na India, Nepal, nas Américas e em tantos outros
países; pelos gays que são assassinados pelo ódio e pelo preconceito; pela
perseguição de ativistas gays aos cristãos que por direito de expressão pregam
contra as práticas da homossexualidade e rejeitam a agenda de seu movimento de
imposição de seus “direitos” em detrimento dos outros.
Abra também a boca, cidadão, não se
cale diante da injustiça mesmo que não seja perpretada contra teus familiares e
amigos.
Não pense que tua omissão vai te
guardar quando mais cedo ou mais tarde alguma injustiça bater na tua porta,
numa terra em que a priori não há ninguém que faça o bem, não há ninguém que
entenda e não há ninguém que busque a Deus.
Onde estão os que amam a Justiça,
fazem o bem, discernem os tempos e as eras e buscam a Deus por Justiça, Paz e
Verdade?
Sempre me lembro das palavras do
poeta e dramaturgo alemão Bertold Brecht (1898-1956):
“Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram
meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou
católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia
mais ninguém para reclamar..”
E recordo ainda de Maiakovski (1893-1930), poeta russo
que se suicidou após a revolução de Lenin, ainda no início do século XX
escreveu:
“Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma
flor de nosso jardim. E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores,
matam nosso cão. E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em
nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da
garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer
nada.”
“Primeiro levaram os
negros Mas não me importei com isso Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns
operários Mas não me importei com isso Eu também não era operário
Depois prenderam os
miseráveis Mas não me importei com isso Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns
desempregados Mas como tenho meu emprego Também não me importei
Agora estão me levando Mas
já é tarde. Como eu não me importei com ninguém Ninguém se
importa comigo.”
Martin Niemöller
Teólogo anti-nazista, pastor luterano
E finalmente de Martin
Niemöller, 1933, símbolo da resistência aos nazistas:
“Primeiro eles roubaram nos sinais, mas não fui eu a
vítima,
Depois incendiaram os ônibus, mas eu não estava neles;
Depois fecharam ruas, onde não moro;
Fecharam então o portão do gueto, que não habito;
Em seguida arrastaram até a morte uma criança, que não
era meu filho...”
Eu também pergunto: “Sim, até quando vamos ficar sem agir?”
TRANSFORMANDO
O avanço do Reino de Deus até que os reinos deste
mundo
se tornem o Reino de Deus e de Seu Cristo.
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