3, maio, 2013
Nilo Fujimoto
O socialismo bolivariano do século XXI plantado na Venezuela pelo falecido ex-presidente Hugo Chavez deitou raízes, cresceu, estendeu fantasmagóricas sombras nos países latino-americanos e produziu até mesmo seus amargos frutos, ou melhor, Maduro.
Nicolás Maduro - empossado após mais que controvertida eleição – tenta equilibrar-se no poder esgrimindo apoios dos solícitos baluartes da democracia que correram para a posse presidencial a fim de sustentá-la. A primeira visita do recém-empossado presidente foi a Cuba escravizada, certamente para pedir conselhos aos irmãos Castro, mestres na arte de governar uma ilha prisão.
Eis que voltando de sua consulta, seu fiel escudeiro, o presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Diosdado Cabello, traça uma linha de defesa do titubeante chefe do poder Executivo e sentencia a decisão de que “enquanto aqui nesta Assembleia Nacional não forem reconhecidas as autoridades, as instituições da República (…), os senhores da oposição poderão falar na Globovisión, no (jornal) El Nacional, mas aqui não”.
Votada e aprovada pela maioria chavista na Assembleia venezuelana a proposta do deputado chavista Pedro Carreño impedindo a palavra dos opositores alegando “reciprocidade” por ignorarem a vitória de Maduro nas eleições de 14 de abril, deputados chavistas agrediram violentamente a deputados da oposição que portavam – em silêncio – cartaz (“Golpe no Parlamento”) protestando contra a medida indicando a direção rumo ao recrudescimento da ditadura chavista, pois, se nem mesmo cartazes podem servir de expressão. É a lei da Mordaça na versão do socialismo bolivariano.
Aguardamos o pronunciamento do trio de líderes do Mercosul, os presidentes Dilma Rousseff, Cristina Kirchner e José Mojica, que tanto se proclamam vigilantes da democracia.
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