segunda-feira, 19 de março de 2012

Governo de Israel elogia organização evangélica por apoio

Jeremy Sharon

“Obrigado por defenderem Israel”, Netanyahu diz sob fortes aplausos ao falar para grupo evangélico em hotel de Jerusalém.


O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu louvou o movimento evangélico como um todo, e em particular uma missão de aproximadamente 800 membros da organização Cristãos Unidos por Israel do Pr. John Hagee, em Jerusalém domingo a noite.


“Obrigado por defenderem Israel”, Netanyahu diz sob fortes aplausos. “Estamos testemunhando uma transformação dramática no relacionamento entre cristãos e judeus, que estão focando agora nos valores e futuro em comum que temos”.

O primeiro-ministro também atraiu a atenção para o que ele descreveu como ameaças à comunidade cristã no Oriente Médio, dizendo que ele “tem orgulho de que Israel é o único lugar no Oriente Médio onde os cristãos são livres para praticar sua fé em completa liberdade”.

A missão de Cristãos Unidos por Israel (CUI), em sua terceira visita a Israel, deu a Netanyahu boas vindas eufóricas, acompanhadas pelos sons suaves de um quarteto gospel e um tributo resplandecente do próprio Pr. John Hagee.

Hagee também anunciou que a organização alcançou agora um milhão de membros, tornando-a a maior organização pró-Israel dos EUA.

Os participantes da atual missão pagaram quase 4.400 dólares cada um para ir na excursão.

Fundada em 2006, CUI é uma entidade evangélica pró-Israel que, de acordo com a organização, tem como objetivo fornecer uma associação nacional nos EUA para igrejas pró-Israel em apoio a Israel.

A organização usa seus membros para mobilizar apoio e fazer pressão em autoridades públicas e parlamentares para avançarem políticas públicas e sentimentos públicos favoráveis a Israel.

Referindo-se ao programa nuclear iraniano, David Brog, diretor-executivo de CUI, disse que apoiar Israel é de importância particular para os cristãos neste momento.

“Em tal momento crítico para Israel e para o Ocidente, estamos orgulhosos de que agora temos um milhão de membros trabalhando diligentemente em prol de um forte relacionamento EUA-Israel, e somos gratos de poder demonstrar nosso apoio sólido ao primeiro-ministro Netanyahu nesta noite”.

Brog também procurou dissipar preocupações sobre as motivações teológicas negativas atribuídas a alguns evangélicos.

Ele classificou a afirmação de que os evangélicos apoiam Israel a fim de anunciar a volta de Jesus e a conversão dos judeus como “completo e total absurdo”, e disse que tais afirmações são baseadas em “ignorância”.

Os cristãos, disse ele, não creem que tudo na terra pode influenciar a vinda do Messias e que a chegada dele será num tempo pré-ordenado.

Em vez disso, os evangélicos, disse ele, apoiam Israel por causa de uma interpretação literal da Bíblia que vê as promessas feitas ao povo de Israel como ainda intactas, em oposição à teologia amplamente aceita entre muitas outras denominações evangélicas da “Teologia da Substituição”, que defende que a Igreja Cristã herdou as promessas bíblicas ao povo judeu.

Brog acrescentou que esse sentimento é combinado com uma crença de que a causa de Israel é justa, e um sentimento de dívida pelo histórico antissemitismo e perseguição cristã.

Traduzido por Julio Severo do artigo do Jerusalem Post: Netanyahu lauds Evangelical group for support








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